quinta-feira, setembro 23, 2004

Fever

Quando você chega,
Minha temperatura sobe,
Minhas mãos tremem,
Meu corpo parece se desfazer,
Minhas defesas se entregam.

Quando estou perto de você,
Não consigo reagir, lutar,
Não tenho forças para trabalhar,
Não tenho disposição para me divertir,
A única coisa que quero é me entregar.

De sentir o teu cheiro,
Minhas entranhas se estranham,
Meus hormônios endoidecem,
Minhas rimas não se encaixam,
Minha lógica perde a utilidade.

Ao tocar a tua pele,
Meus sentidos se confundem,
Meu desejo é soberano,
Meus ouvidos emudecem,
Minhas vista escurece.

Febre, febre é o que você me causa.
Febre de suar frio, febre de pegar fogo.
Lutar é inútil, resistir, impossível.
Se você vai, nada resta de mim.

Febre, febre é o que preciso,
Pra queimar todas as regras, pudores,
Pra desnaturar todos os protocolos, temores,
Febre, febre de você eu preciso.

Inspirada numa música cantada pelo único e incomparável rei (o Elvis, não o RC), Fever.

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