quarta-feira, setembro 04, 2002

BRUMA

Faz 4 sóis que te conheci.
Faz 3 eternidades que te perdi.
Não sei quantos lenços chorei,
Nem a quantas lágrimas atrás sorri.
Neste concreto impávido, tenho-te
A um não de distância.
Mesmo que o sol brilhe em teu rosto,
Mesmo que a chuva molhe meu peito,
Nossos desejos são dois ponteiros de hora
Marcando diferentes horas
No mesmo relógio.
Mas quero-te neve, quero-te bruma,
Quero teu peito a um amor de distância.
Quero...
Queria que tudo isso não fosse um filme
Às três fronhas da madrugada.
Um filme que escorre de minha câmera,
Que te mira no pico do Everest,
Que te procura na noite de nossas vidas,
Que te acha dentro de mim,
Que por não te ter me faz chorar.
Te quero.

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